Battlefield 6 está de volta às origens? Impressões da Beta Aberta

Se você acompanha Battlefield desde os primórdios, provavelmente enxerga Battlefield 3 e 4 como o auge da franquia. A partir dali, as mudanças de mecânicas centrais acabaram minando o apelo da série, culminando no problemático lançamento de Battlefield 2042.

A decisão da DICE de abandonar o sistema de classes e apostar em algo próximo a um hero shooter desagradou os veteranos e provocou uma debandada da base de jogadores. Resultado: expectativas extremamente baixas e desconfiança generalizada.

Com a abertura do Battlefield Labs, começaram a surgir “vazamentos” que indicavam um retorno às origens. Esse movimento reacendeu a chama na comunidade e elevou a curiosidade em torno da beta aberta de agosto.

Logo no primeiro fim de semana, a impressão se confirmou: a proposta é resgatar a essência da franquia.

O conteúdo liberado ainda é limitado, mas já mostra mapas e modos que remetem à melhor fase da série, agora com melhorias bem implementadas.

A destruição voltou a ter protagonismo, onde não apenas fachadas isoladas, mas prédios inteiros que desabam durante as partidas, transformando a dinâmica do campo de batalha.

O clima dinâmico ainda não apareceu, mas cada rua, corredor e esquina reflete o impacto do combate em tempo real.

Outra área que recebeu atenção foi a movimentação. Agora é possível correr agachado, atravessando áreas expostas com mais segurança, e até arrastar aliados abatidos para uma cobertura antes de reanimá-los.

Pequenos detalhes, como a visualização das pernas ao deitar, ajudam na percepção de exposição em ambientes confinados. Tudo isso reforça a sensação de realismo e estratégia, algo que estava esquecido em títulos anteriores.

Os mapas disponíveis nesta fase de testes trazem cenários mais compactos, verticais e de exploração intensa. Isso favorece a infantaria, mas reduz o protagonismo dos veículos, algo que sempre foi diferencial da franquia. Para a versão final, a expectativa é que mapas maiores também estejam presentes, equilibrando a experiência.

No PlayStation 5, o jogo já se mostrou fluido. Não foram encontradas quedas de FPS e os bugs foram mínimos. Os gráficos estão atraentes e devem receber polimento extra até o lançamento.

O netcode também está surpreendentemente estável, evitando a clássica frustração de tiros que não registram.

Diante disso, é possível afirmar que Battlefield está no caminho certo. A beta demonstra maturidade e indica que o Battlefield Studios, enfim, ouviu seus fãs de longa data.

Restam ajustes pontuais como o balanceamento de armas (atenção especial à shotgun) e um refinamento pré-lançamento.

Vale o hype? Sim. Ao iniciar uma partida, a sensação de estar de volta à época de BF3 e BF4 é inegável.

O gunplay está afiado, a movimentação ganhou novidades bem-vindas e a personalização de armas se destaca.

O modo campanha, pelo que foi apresentado, também promete manter o espírito clássico.

Mas fica o recado final: empolgue-se, aproveite a nostalgia… só não faça pre-order.

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